Perfil

























As tuas estrelas jovens azuis e
as tuas estrelas velhas vermelhas,
NGC 5866, contam que história?

Que agregação de inteligência contemplativa e adorante,
que acúmulo de informação,
que vidas,
que mortes contam as tuas estrelas jovens azuis e as tuas estrelas velhas vermelhas?

Não sei.
Mas a tua beleza em perfil
já fala, já me diz,
ser completo estrume haver extrema direita
e extrema esquerda, quando tão bela és
na poeira divina dos teus extremos, na divina poeira do teu centro.

Como os nossos antepassados, vendo a Via Láctea, reconheceram a aventura de Deus,
ao olhar para ti também apetece amar Alguém,
Algo (porque há aí Algo Enorme) que não morra.

Apetece Deus.



Joaquim Santos

Comments

Anonymous said…
O Joaquim é meu amigo.
Gosto dele, gosto das coisas que ele escreve e gosto da forma como a pessoa genuinamente boa que ele é emerge nas coisas que ele escreve.
Ah! E adoro a ética da sua linguagem tão pessoal e personalizada, as suas metáforas insólitas e desafiadoras - o joaquinês, que não é só a língua que ele forjou para os seus poemas e crónicas, mas toda uma forma de estar na e participar da vida.
Apetece ler e apetece acreditar em Deus, só para que possa ter sido Este a dar ao Joaquim de presente esta família linda e Super-Nova, que ele tanto merecia depois de ter sobrevivido a tantos buracos negros.
Night said…
Tanta Vida vista de perfil...
Um abraço
joshua said…
As-dinossauras-também-mordem, desde o primeiro momentinho de mestrado que eu vi que brilhavas e sabia que conjugar os verbos da amizade seria nosso, como uma Angola imperdível, sem guerra independentista e sem colonialismo.

Revi-me tanto na tua angústia de há meses, ao perceber a tua sacrificada, embora rica, errância profissional e o irreconhecimento do teu mérito, aparentemente invisível a quem emprega, barrando tanto os teus sonhos!

Também superaste esse vortex escuro e agora o sorriso e a confiança que te invadem invadem de igual modo tudo à volta. Luzem para mim também.

Nunca esquecerei como me resgataste de um dia completamente mal-humorado, metendo-te comigo, fazendo-me perguntas. Graças a ti, eu, que estava torrado de azedume, como um mal metabólico qualquer a que parece não se poder resistir, floresci e saí do negrume.

Afinal não custa nada começar a sorrir como de costume!!!

Beijos
d'O teu amigo sempre

Joaquim
Anonymous said…
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