NÃO AO HOMEM PODRE














Não a um saco de batatas equivaler a um Homem;
não a um subjectivismo omnipotente e louco na sua deriva libertária,
na defesa libertária dos direitos do cu e da cona,
(cona humilhada,
cona vexada,
cona arrastada pelos pentelhos-cabelos a tribunal),
na defesa do cuspo e da caspa,
trucidando outros direitos e outros deveres;
não ao desmembramento e extracção de fetos
como se de dentes, como se de hérnias,
como se de unhas, como se de ténias;
não à cuidada vozinha aguda e cândida do José Sócrates
na pele fingidora de um misericordioso Bom Samaritano vaginal, uterino, falopial,
solidário com aquelas que quer libertar da Lei enquanto as cerca de impostos
e de constrangimentos laborais como de beijos e sorrisos triunfalistas;
não a uma desvalorização da ética e da vida
em nome do dói-me a existência e do apetecia-me algo;
não a um opcionismo promotor
do atropelo e eliminação do outro a la carte,
do outro por nascer, desabrochar e brilhar;
não a uma ilusão de óptica humanística decadente
e errónea de um Homem equivaler a um saco de grelos;
não, não me venham com tretas nem com merdas,
liberalizar é uma sementeira estalinista e siberiana de vazio,
é paisagem com merda ao fundo
a de um homem podre
dissolvendo-se,
negando-se,
irremediável.

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