SR. PROCURADOR, ESCUTO, DAQUI A SOCIEDADE PORTUGUESA. OVER.


Foi uma verdadeira bomba ter o procurador-geral da República admitido "muitas dúvidas"
de que os seus telefones não estejam sob escuta,
tendo-se seguido uma onda de choque
de críticas procedentes quer de operadores judiciais quer do poder político.
lkj
Nuno Melo, jovem e exuberante deputado do CDS-PP,
assegura, mas não sabe o que diz, que amanhã será entregue
um requerimento solicitando a audição de Pinto Monteiro
e do ministro da Justiça no Parlamento que nada tem de auditável.
Nuno Melo, também não escutou bem a realidade subjacente a esta entrevista na "Sol".
lkj
De uma pernada, Pinto Monteiro considera
que "as escutas em Portugal são feitas exageradamente",
mas fala tarde: na entrevista ontem publicada na revista do semanário "Sol",
o pensar que tem um telemóvel sob escuta não deveria merecer apêndices vitimistas e comentaristas do tipo: "Como é que vou lidar com isso? Não sei.
Como vou controlar isto? Não sei",. Soa esquisito,
pois o homem tem poderes, no mínimo, para SABER.
çlk
Mais uma vez, a vaidade anula o mérito e o falar de mais compromete.
Os media, claro, transformaram estes agentes de primeira linha
em vítimas acabadas dos próprios excessos de verve,
excessos bombásticos que nos introduzem, relutantes,
na República das Bananas em que preferimos não acreditar estar a viver.
lkj
É, cada vez mais, a sociedade do Walkie-Talkie:
Daqui Raposa Calva, escuto. Daqui lobo cinzento, over.

Comments

Tiago R Cardoso said…
Mas será que em Portugal os responsáveis nunca sabem nada ?

Preocupantes as afirmações vindas ainda por cima de quem vêem.

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