SANTANA LOPES: PERDER OU VENCER NO PARLAMENTO


Derrotar no Parlamento este Primeiro-Ministro
será sempre uma tarefa monstruosa porque este Primeiro-Ministro
tem o dom de mentir convictamente e de enganar publicitariamente.
Nunca como hoje há dois países em Portugal:
o dos discursos e réplicas primo-ministeriais
centrados em números e longe, bem longe, das pessoas,
e o outro, o do esmagamento dos pequenos,
sobretaxados e sobre-sacrificados, roçando o limite das suas forças,
o limite da sua resistência.
Porque a vítima de todas as correcções,
o saco de pancada de todas as estatísticas e de todos os números
a apresentar vitoriosamente em Bruxelas
somos exclusivamente nós, que nada temos,
mas temos um Fisco que nos vem buscar o reembolso de IRS, retendo-o,
para abater um imposto de selo suposta e longinquamente não pago;
nós, que nada temos, mas temos os vencimentos mais ridículos da Europa
para o mesmo número de horas de trabalho e as mesmas ou piores penas;
nós, que nada temos, mas temos as contas mais pesadas e as dívidas mais crueis.
ljk
Este país em risco moral e emocional,
este país em que se assaltam muito mais caixas de multibanco
e se assassinam em surto seguranças e empregados
pela mais indecente das motivações, desesperadas que sejam,
este país em que se morre e se mata abundantemente nas estradas
tão pressionados, angustiados e desesperados que andamos tantos,
é o país que precisa urgentemente aflorar e emergir no Parlamento
a propósito de este OGE ou sob qualquer outro pretexto,
um País nem eclipsado pelo Ego incomensurável do Primeiro-Ministro
nem invisível pela opacidade do desejo de desforra de Pedro Santana Lopes.
lkj
Há quem manifestamente não tenha amor ou sensibilidade
pelo sofrimento presente dos portugueses
e que, ainda por cima, governa Portugal.

Comments

Tiago R Cardoso said…
Aquilo ontem não valeu um chavo.

Realmente em vez de se falar do nosso futuro, os senhores mediáticos falaram foi do passado.

Uma tremenda perda de tempo, mas isso já é perfeitamente normal.
quintarantino said…
Meu caro amigo... entre um e outro não sei... contudo, confesso-o, às tantas uma mistura explosiva dos dois nos fizesse bem...

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