DEXTER, O SERIAL KILLER


Poucas séries televisivas me entusiasmaram mais
que a protagonizada também por Michael C. Hall,
Sete Palmos de Terra.
lkj
Há um ano, lembras-te, meu amor?,
éramos um casal excitado com esta série,
comprando sucessivamente os quatro volumes de DVD's disponíveis,
investindo a nossa atenção e interesse ao vê-los parte dos nossos serões ou tardes a eito,
assistindo cúmplices, envolvidos, solidários,
compreendendo no nosso íntimo a ficção realizante, realística e real que havia ali,
catártica, para nós e para quem saiba sentir e partilhar.
Desenvolvemos uma enorme empatia por todas as personagens
com a sua humanidade errante e frágil, contraditória,
tão errante, frágil e contraditória quanto a nossa.
Por isso mesmo, estou na expectativa de que estreie em Portugal
das 'aventuras' do Doutor Dexter,
com o Michael C. Hall como herói ou anti-herói,
um médico da Polícia Forense, um CSI,
de vida aparentemente tranquila e convencional,
mas cujo conceito particularista da justiça o conduz
ao extermínio dos assassinos que souberam ludibriar a Lei.
klçj
Pude investigar que é uma produção arrojada, narrada na primeira pessoa
pelo próprio protagonista, que ao longo dos episódios
nos exporá como é, quais são as suas motivações,
como foi a sua infância e como concebe a vida e o ser humano.
Através do flash back, o espectador
vai penetrando profundamente as contradições
do protagonista, a sua razão de ser.
Um assassino em série que, à primera vista,
é um homem incapaz de sentir, de interagir ou sequer de se emocionar.

Comments

-Das séries que apenas vi 2 ou 3 episódios, e que me arrependo não ter acompanhado.
Olá Joshua,

Obrigado pelo seu comentário em meu blog. Você é de Portugal, então não sei como chegou nele, mas fico feliz e estou lendo seus blogs. Comentarei depois.

Um abraço do Brasil,
Caio
caio.lucon@hotmail.com
Luís Galego said…
Poucas séries televisivas me entusiasmaram mais
que a protagonizada também por Michael C. Hall,
Sete Palmos de Terra.

subscrevo na integra...
Patrícia Grade said…
Pegando nas tuas palavras e fazendo delas um pouco minhas, ansiei pela vinda do Dexter, que conhecia já pelo meu irmão, fanático assumido das coisas arrojadas e contra a maré!
Dexter revelou-se uma boa surpresa, apesar do aviso do seu conteudo. A capacidade inovadora de nos vermos por dentro sem nos analisarmos demasiado. A forma deslumbrante com que nos aparece um personagem esvaido de sensibilidade e no entanto, imbuido dela, com escrupulos que se desconhecem a um psicopata, organizadamente demente, racional ao extremo de guardar meticulosamente uma mancha do sangue das usas vitimas, colecção escrupulosamente guardada e catalogada como selos ou moedas...
De facto, o Dexter faz-me lembrar aqueles coleccionistas de borboletas que insensivelmente matam um ser que tem apenas um dia para gozar as asas, embora este personagem surja como o salvador, o vingador que falta nas ruas justiçando todos aqueles que foram mortos em vão. Dexter poderia bem ser o justiceiro das borboletas, aniquilando um a um os seus assassinos, carpindo ao mesmo tempo o seu desejo de sangue...
Gosto do Dexter, não porque me reveja nele, ou porque secretamente guarde uma sórdida vontade de fazer o mesmo. Trata-se apenas de reconhecer nele uma insuficiência que nos toca a todos, aquela constante dúvida dos nossos proprios sentimentos ou falta deles. É o ver de fora o que se passa cá dentro...
No entanto, não faltarão vozes a dizer que séries deste tipo são más conselheiras para os jovens que coitadinhos são desmiolados e não saberão distinguir o bem do mal e correrão a praticar o mesmo tipo sanguinário de brincadeiras.
Por cá resta-nos a certeza de que esse problema não surgirá, afinal, a série passa num canal cheio de qualidade e que quase ninguém vê. Resta-nos também a descansada certeza de que Dexter não surtirá qualquer efeito nos nossos jovens... eles têm outros canais mais interessantes para assistir, uma magnifica TVI recheada de telenovelas de produção nacional e festas internas de valor inquestionavel (sic), uma SIC a abarrotar de telenovelas de produção brasileira e séries de riso que fazem chorar...
Enfim, sic orbi gloria mundi

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