GOVERNAM ELES UM PAÍS DE PARVOS?



Honestamente, depois de introduzido pelo Público o fabuloso mecanismo do Twingly,
que permitu uma interacção muito rica, intensa e interessante,
entre sucessivos artigos, notícias, bloggers e leitores-comentadores,
tornei-me num habitual Pingador, twingly user,
mas também num atentíssimo e interessadíssimo leitor dos Comentários dos Leitores.
lkj
A informação que circula só aí é fabulosamente pertinente, ajustada, mais uma vez rica,
permitindo confirmar, excretado em certos casos o jóio dos grandes alijadores de autonomia
e sentido crítico porque babam sempre pela voz do dono,
aquela asserção de que muito gosto, ouvida certa vez a António Câmara,
e que tem a ver com a modernidade de uma sociedade da partilha da informação,
uma sociedade da transparência e da participação bem amplas
pelo alargamento de uma base de saberes acessíveis
e que fundamente o mais diverso tipo de decisões das instâncias para isso por nós indigitadas.
O caso paradigmático do Aeroporto não pode ser esquecido,
ainda que os custos exorbitantes que procuramos evitar afinal se mantenham
devido às necessárias travessias complementares.
Sociedade que deveria ser a nossa, mas não é. E já sabemos porquê, bastando,
para abreviar, lembrar os últimos três anos de unilateralismo, de rigidez decisória,
de estupidez e indiferença às aspirações e inquietações da Sociedade Civil
aos mais diversos níveis para o que a metonímia perfeita
são os processos tantas vezes irrazoáveis da ASAE.
Pela parte vemos o todo.
lkj
Dir-se-ia que os últimos três anos viram um impensável retrocesso da Democracia
por políticas de grande frigidez social, de grande fixação em números e indicadores,
de contorção das pessoas e dos seus condicionamentos naturais
dentro de esses mesmos números e indicadores obedientes e lisonjeiros
para consumo EuroComunitário e ostentação artificial, coisa desmobilizadora!,
políticas de reforço dos grandes Monopólios Económicos Nacionais,
dos grandes negócios de Privados apadrinhados pelo Estado-com-o-olho-no-Privado,
numa estranha opacidade entre o que seja o Interesse Particular e o Interesse Geral,
negócios tantas vezes de escasso ou duvidoso impacto social,
políticas das grandes jogadas de bastidores para favorecimentos de apaniguados,
consagrando, enfim, e em tempos absolutamente proibitivos para o País,
o pernicioso triunfo das inúteis acessorias de luxo tão irrealistas e tão criminosas,
das sinecuras de encher para os boys, dos grandes shows para inglês ver,
em que o investimento na Imagem (Tratado de Lisboa/Nova Alcântara) esmagou
e tornou irrelevante a promoção integral do máximo de pessoas
e do máximo de boas ideias de investimento reprodutivo.
lkj
É nessa medida, na medida em que nada disto escapa ao cidadão atento
e sofredor com as putices de Estado (que a gaguejar muito nos tenta vender mentiras)
que tenho eleito, às vezes dentre centenas de comentários no Público,
um que apodo de Comentário de Ouro e que, em dada matéria,
me parece confluir perfeitamente
com o que eu próprio penso e concluo, além de me parecer o mais fulgurante,
o mais justo, certeiro, cheio de graça e de pertinência possível.
É o caso deste cujo link que não deixo de agregar:
lkj
23.05.2008 - 03h09 - Jorge Ribeiro
«Se a situação não fosse tão grave, até dava para rir. No debate de 4.ª feira, o PM, a propósito dos aumentos dos combustíveis, demonstrou que pensa governar um país de parvos. O argumento foi a existência de uma portaria que fixa a fórmula como é determinado o preço dos combustíveis, de 2003 - da responsabilidade do governo do PSD e PP. Com clara reserva mental, o PM omitiu dois detalhes: 1.º - a tal portaria justificou-se na altura pelo facto de o anterior governo (do PS) ter congelado o preço dos combustíveis e ter alegadamente provocado uma situação difícil para as petrolíferas (leia-se Galp). Solução pontual para regularizar os "prejuízos" - que se contabilizaram em milhões de euros de lucro. E liberalizou-se o preço dos carburantes, pois a livre concorrência é benéfica para o consumidor - está à vista! A cartelização funciona impunemente com a benção de Sócrates. Em impostos o seu (des)governo arrecada verbas impensáveis e não divulgadas. 2.º: o PM e o seu governo não terão poder legislativo? Se ele pensa assim, que vá estudar Direito, porque "engenheiros" a mandar é o que se vê. Pode e deve revogar a portaria através de outra que fixe novas regras. Quem pensa ele que engana?»

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