DIAGNÓSTICO SOARES, FARPA AINDA SUBLIMINAR A SÓCRATES


A julgar pelo modo como os líderes da chamada 'esquerda reformista' nacional
seguiram nos seus governos promíscua e obscenamente
ao serviço dos negócios dos privados, cagando para os cidadãos,
arrotando alarvidades sobre competitividade e produtividade,
quando nada há que estimule e respeite os cidadãos e contribuintes,
quando se esboroam os critérios para uma sociedade coesa, forte, determinada,
em Portugal, cai como um bálsamo este artigo de Mário Soares.
lkj
Obviamente que lhe ficará muito bem uma crítica directa
e não meramente subliminar a tudo o que de inautêntico
e oco José Sócrates tem representado
contra as necessidades e os interesses concretos das pessoas concretas,
ficamos a aguardar que até Soares em breve, terminado o tempo do eufemismo
«abrandamento», chame o Boi pelo devido Nome:
lkj
«3. É preciso, pois, repensar a Esquerda reformista,
na perspectiva de fazer face, com êxito, à crise e de encontrar outro modelo económico,
social e político (no sentido do aprofundamento democrático
e de uma maior participação cívica dos cidadãos)
para dar um novo élan à Europa (paralisada),
responder à angústia e ao pessimismo dos cidadãos,
quanto ao futuro, reforçando a justiça social.
lkl
Voltar aos valores éticos - que foram sempre bandeira da Esquerda -,
ao civismo (contra o enfraquecimento dos Estados),
contra as sociedades de mercado e dos negócios pouco transparentes,
lutar contra a corrupção e o tráfico de influências.
Voltar à militância em favor da paz e das negociações
para resolver os conflitos, lutar contra a precariedade do trabalho,
contra as desigualdades, a injusta distribuição dos rendimentos,
pela inclusão social, contra a degradação do ambiente
e pela ordenação do território.
lkj
do serviço público. Foi essa honradez republicana
que permitiu que a nossa I República, apesar de só ter durado dezasseis anos,
deixasse um legado de moralidade que resistiu,
como um exemplo a seguir, a quase meio século de ditadura.
lkj
Foram os lobbies dos interesses, a imoralidade dos dirigentes dos bancos
e das empresas, as grandes negociatas, envolvendo políticos,
e o tráfico de influências, numa palavra, a promiscuidade entre a política e os negócios,
que desacreditou a política e nos conduziu à crise em que nos encontramos.
lkj
Não nos deixemos iludir: o sistema está podre e é preciso mudá-lo.
Essa é a grande tarefa da Esquerda europeia, com autonomia ideológica
em relação à América, uma vez repensadas as políticas e os comportamentos,
para que os cidadãos se mobilizem».

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