RODRIGO OU UM CERTO PÔR-SE A JEITO


Não são os professores, Rodrigo. Essa lista de razões tem ranço.
E não, nada há a disputar com recursos 3D: numa sala de aula,
o que deve haver é trabalho, disciplina, serenidade, compostura,
brio, exigência, uma relação exigente de confiança, sempre. Isto é antigo.
Nunca estará obsoleto. Só e exclusivamente
uma aplicação frágil disto obsolesce o ensino
e o torna uma confrangedora impotência que não insemina de vitalidade a sociedade.
lkj
O professor-palhaço não serve à melhoria do sistema.
O professor-entreteiner não serve à melhoria do sistema.
O professor-manipulador de recursos,
obnubilado por quadros interactivos e por Magalhães, não serve ao sistema.
Os essencial dos métodos da escola usados desde há pelo menos dois mil anos
estão válidos: basicamente concentração, trabalho minucioso, domínio concreto
de competências básicas e sólidas e o menos agitação e frenesim possível.
lkj
A agitação que prolifera nos gabinetes reformísticos e estéreis ministeriais,
a agitação estéril que prolifera como fungos nas salas agitadas e frenéticas
de professores inseguros, acossados, pressionados,
nas suas reuniões departamentais onde já se devoram
como os Cegos de Saramago,
nas chamadas à pedra de professores competentes à porta fechada
com métodos pidescos de intimidar e tomar o pulso a pais de família,
nada disso serve ao sistema. O sistema tem tido a miná-lo,
como lagartas impiedosas, os sucessivos Ministérios Erráticos.
lkj
O que serve à melhoria do sistema é parar com Reformas
encavalitadas noutras Reformas por sua vez encavalitadas noutras Reformas,
é parar com ensaios adicionais, experimentalismos de fundo adicionais.
Começar a disciplinar e a trabalhar serenamente na sala de aula
é tudo quanto necessita Portugal. Outros povos o fizeram com proveito
e continuam a fazê-lo também sem as ulcerações estigmatizantes
das culpas sectoriais e parcialísticas. Quando há sinergia, desaparecem as culpas.
Não andaram nesta agitação justiceira dos últimos três anos,
a malbaratar excelência humana,
competência e entrega, atirando fora a água suja da podridão e do lastro
com o menino do banho da entrega e seriedade de uma maioria mal defendida.
kjlkj
Estupidamente, a via confrontacional escolhida pelo Governo
foi um erro estúpido contra a eficácia do Ensino e dos seus Agentes,
e, em última análise, um erro capital contra os desígnios eleitoralísticos
do próprio Governo, cujo principal titular teve frases consabidamente paradigmáticas,
no que à Democracia e à Liberdade concerne, como esta: «Fiquei com uma boa relação

Comments

Tiago R Cardoso said…
também fui ler o escrito do dito senhor, e diga-se que mais uma vez um iluminado considera, que a culpa é das pessoas.

É das pessoas mas das pessoas que legislam e criaram um sistema mau, que passam a vida a colocar remendos em vez de reparar como deve ser.
Anonymous said…
Colocar nas costas dos docentes toda a responsabilidade do caos em que está mergulhado o sistema educativo em Portugal é, no mínimo, autista.
Colocar os queridos ministros da educação que temos tido no quadro do que de melhor há na sociedade portuguesa, fazendo de todos eles poço de virtude, competência e até altruísmo é, no mínimo, estupidez.
Desconsiderar todas as condicionantes que transformam os alunos de ontem nas bestas (sim, bestas) mal educadas que povoam as salas de aulas de hoje sem interesse nenhum em lá estar, agonizando professores que estão com mãos e pés atados devido às reformas perfeitas de todos os também eles perfeitos ministros é, no mínimo cegueira intencional e, por isso mesmo, idiota.
Fico chocado com a leviandade com que se dão opiniões dogmáticas sem se perceber nem um poucochinho só daquilo que se fala.
Para que não estejam já a fazer os juízos de valor autistas, estúpidos e idiotas de que opino porque me dói alguma coisa, obrigo-me a explicitar o seguinte:
Não sou nem nunca fui professor.

Saudações.
quink644 said…
Onde é que foste descobrir este artista??? Deve querer fazer concorência ao Sousa Tavares...
Mas que grande besta...

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