EMBARCAR EM OBAMA, COMÉDIA LOCAL


Se a diplomacia tem de sua natureza coisas bizarras, oxímoros contranatura,
a diplomacia portuguesa é um case study no plano das grandes espargatas
e contradições: só ela permite felicitar um Putin vitorioso
no seu grande simulacro democrático e depois camaleonicamente
saudar também a mancha em mecha esperançosa da vitória de Obama.
lkj
Vejam-se três anos e meio com a aplicação em Portugal de uma política ultra-liberal
mal explicada, moralóide e de cara séria e,
logo após o advento da enorme turbulência dos mercados financeiros,
aquela surpreendente viragem discursiva ao social e às virtudes da regulação económica
por um Estado-PS já detentor da última palavra e não mais desmantelável
à sôfrega cupidez sem ética dos empórios económicos.
hjklj
Custa ver, por isso mesmo, embora em nada surpreenda,
quanta flexibilidade há aí para apanhar todas as boas boleias mediáticas
internacionais ou para tentar enquadrar-se aflitivamente nas melhores fotografias
da liberdade de boca e da sensibilidade social como conversa,
agora que está na moda parecer estar do lado certo da opinião pública.

Comments

Unknown said…
Very good......
Celia Sng said…
Hello, thanks for leaving a comment. Though I don't understand what you wrote on your blog. But I like the contents. Continue blogging, take care.
Anonymous said…
As economias que seguiram as directrizes do FMI e privatizaram todas se foderam largo, veja-se a américa latina, exceptuando o brasil.

As economias que mantiveram o Estado como detentor de pedaços fundamentais da economia, prosperaram, veja-se a china e a coreia do sul.

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