DESEMPREGO E ALTA GATUNAGEM


O que será que pesa mais ao País?! O dinheiro que o Governo avaliza aos bancos, limpando a toxicidade fraudulenta e gatunesca do sistema, operada por banqueiros malígnos e criminosos, por especuladores fajutos e besourinos - pense-se no BPN e no BPP que já acomodam mais de 2 mil milhões de euros - ou o facto de as despesas com o subsídio de desemprego terem aumentado apenas 8,6 por cento em Janeiro, face a igual mês do ano anterior, totalizando 142 milhões de euros, segundo a Direcção Geral do Orçamento?! Uma coisa está ligada à outra por caminhos misteriosos e inextricáveis e sabemos que este cenário vai enegrecer e piorar ainda mais. Nem sequer adivinhamos quando será o pico de esta tendência. Seria necessário trazer à justiça todos e cada um dos sorvedores do BPN, sejam quantos forem, seja quem for, e não apenas o bode expiatório Oliveira e Costa. Só que este assunto está cerzido para que duas justiças desiguais se consumem, a dos Fortes e a dos Fracos. Comem os segundos. Escapam os primeiros enquanto a esta espécie de fatalidade decadente não pomos cobro: «O boletim de execução orçamental de Janeiro mostra que os gastos com subsídios de desemprego e social de desemprego e apoios ao emprego subiram 11 milhões de euros. A despesa com esta rubrica absorve 9,2 por cento da despesa efectiva da Segurança Social e corresponde a uma taxa de execução de nove por cento. Se a despesa orçamentada para o subsídio de desemprego se repartisse igualmente entre todos os 12 meses do ano, no final de Janeiro deviam ter sido gastos 8,3 por cento da despesa orçamentada. Valores acima dessa taxa sugerem uma derrapagem da despesa. De acordo com dados que o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) hoje divulgou, em Janeiro inscreveram-se nos centros de emprego 70.334 trabalhadores desempregados, um aumento de 27,3 por cento em relação ao mês homólogo de 2008 e de 44,7 por cento quando comparado com Dezembro. No final do mês passado estavam inscritos nos centros de emprego do Continente e Regiões Autónomas 447.966 desempregados, número que representa 85,5 por cento de um total de 523.986 pedidos de emprego. Os números da DGO mostram ainda que as despesas com pensões cresceram 5,8 por cento em Janeiro e que os gastos com o rendimento social de inserção aumentaram 19 por cento, para 38 milhões de euros. Do lado das receitas, as contribuições e quotizações para a Segurança Social aumentaram 1,9 por cento, para 1.263 milhões de euros.» De um lado, o lado suíno da megafraude e do megadesvio financeira, temos o desbragamento impune, podemos esperar que a impunidade fará o seu percurso. Do outro, tenham lá paciência, trocos, as vítimas, os desempregados, número aliás sempre aquém da realidade porque a sordidez da legislatura foi longe e procurou 'moralizar' e excluir desempregados crónicos das ementas estatísticas, quando nada faz e nada fez para moralizar baixar os altos e indevidos vencimentos que a Administração pratica com os seus gestores que é que impõem os seus criminosos e obscenos Tectos, esse verdadeiro Crime Prolongado de Lesa-Pátria e Obscenidade sem tamanho, essa enorme fonte de desmoralização de quem trabalha e de quem aspira por um Portugal respirável: tal insensibilidade, tal deixa-andar pornográfico, quando milhares passam mal, passam fome, estão na exclusão, não tem perdão e não tardará a sentir-lhe o efeito!

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