DEVÓNICO: INCISOSCUTUM RITCHIEI


Fascinante que uma segunda reapreciação de um fóssil do Devónico lance uma nova luz sobre a evolução da reprodução, tratando-se de um peixe, a invenção do sexo como interacção feita de interpenetração e escolha. «O Museu de História Natural de Londres tinha uma gravidez escondida dentro de um fóssil de um peixe com 380 milhões de anos. Uma fêmea da espécie Incisoscutum ritchiei carregava dentro do útero um pequeno peixe com cinco centímetros. Até agora pensava-se que o embrião tinha sido a última refeição do fóssil, mas o investigador australiano John Long acabou por descobrir que se tratava de uma gravidez, dando mais pistas para compreender o início da fertilização interna nos vertebrados. A descoberta foi publicada hoje na revista “Nature”. Antes dos répteis e dos anfíbios a vida agitada dos vertebrados estava cingida aos oceanos. O fóssil pertence ao grupo dos placodermos, peixes que existiram até ao final do período geológico do Devónico, que terminou há 360 milhões de anos. “Este peixe mostra algumas das evidências mais antigas da reprodução interna”, disse à BBC News Zerina Johanson do Museu de História Natural. “Esperávamos que mostrasse um tipo de reprodução mais primitiva, onde os espermatozóides fecundassem os óvulos na água e o desenvolvimento dos embriões ocorresse externamente”, acrescentou».

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