O GRAU DE FRUSTRAÇÃO É INFINITO


A violência doméstica é uma doença social e nem para aqui são chamadas as razões por que um homem ou uma mulher de forma sistemática enveredam pelos caminhos da agressão. Provavelmente, a insatisfação com a própria vida, com o trabalho, com a sociedade, a imersão no álcool fazem emergir um monstro que só sossega quando consuma em sangue o que iniciou em preliminares brutais de ocasião. «Nunca as forças de segurança lidaram com tantos casos de violência doméstica. O número de ocorrências registadas na PSP e na GNR já ultrapassou a barreira das 20 mil por ano, mas o de condenações é tão baixo que até "choca" o psicólogo criminal Carlos Poiares. A violência doméstica passou a ser crime público em 2000. A lei previu a criação de uma rede de casas-abrigo e de centros de atendimento às vítimas, o reforço da possibilidade legal de afastamento do agressor e outros mecanismos de combate.» Os estudos efectuados deveriam ser lidos. Talvez se compreendesse que uma grande frustração com a sociedade, incapacidade de reagir aos que o brutalizam no local de trabalho conduz à covardia de descarregar nos mais frágeis e que estão em casa. Estou convencido que a brutalidade doméstica tem no Estado e numa organização económica exploradora lucrativista dois dos principais ignidores de este tipo de crime de indiscutível responsabilidade pessoal.

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