PÍFIA REEDIÇÃO CIRCENSE NO PS


Não há razões para festa. Não há nada a celebrar. Não é tempo de alienação partidária que esconde uma Crise profunda de maceração ética e amoralidade absoluta. A seriedade esvaíu-se da Política, graças a Sócrates. A mentira tornou-se mais banal e mais exemplo, graças a este estrangulamento democrático que representam as certezas e a determinação de tal Ego. Não é tempo de tolerância com coreografias de tédio, com simulação de ideia, com o espectáculo pelo espectáculo, com o ausentamento do País, com o fingimento de projecto se a democracia representativa está carregada de decomposição e o PS de Sócrates é um Partido-Necrose, necrosando o País com uma lógica de hegemonia artificial e altamente danosa no presente e no futuro imediato dos portugueses sem vínculo, dependência ou apadrinhamento PS: «O primeiro-ministro, José Sócrates, terminou o seu discurso de reeleição do secretário-geral do PS assegurando o compromisso para com os socialistas, independentes e portugueses. O líder do PS sentiu que a sua responsabilidade foi renovada e voltou a repetir as intenções políticas na resposta contra a crise. José Sócrates foi reeleito pela terceira vez secretário-geral do PS ao reunir 96,43 por cento dos votos nas eleições directas do partido, que decorreram entre sexta-feira e ontem. No seu discurso, o líder do PS disse que vai "responder à crise e prosseguir com as reformas"». Não tem havido reformas. Tem havido espancamentos selectivos e desastradas derivas caluniadoras de sectores profissionais. Não tem o governo adressado a Crise, mas escondido os seus danos e as suas consequências e aguardado por que a realidade grite e espume antes de finalmente e muito a custo tenha o mesmo Governo de agir. E agir como? Talvez a partir de este excerto de AB seja possível aferir o modus operandi do sistema: «Perante uma assembleia da Associação Nacional de Empresas Familiares, o secretário de Estado Castro Guerra, académico reputado e ponderado, enumerou, factualmente, sem oportunismo eleitoral, as medidas tomadas e os esquemas disponíveis para quem queira obter apoios e combater a crise. [...] Na [mesma] assembleia de empresários acima referida, chegado o período de debate, alguém perguntou: “Em vez de pagar milhares de milhões com apoios às empresas, não seria melhor política o governo pagar as suas dívidas”? O secretário de Estado respondeu: “O Estado deve-lhe alguma coisa”? O empresário disse: “Por acaso, sim, mas não é esse o ponto. Quero é discutir a política geral”. À bruta, cruamente, o governante retorquiu: “Faça-me chegar ao gabinete o seu caso pessoal e logo se resolverá”». Portanto, isto não é para todos. Casuisticamente e em função do grau de putativa bajulação que dado empresariado possa estar disposto 'pessoalmente' a bolsar no gabinete de tal ou tal secretário de estado, a má vontade governamental converter-se-á em boa vontade. Já não temos servidores públicos puros, mesmo tratando-se de um «académico [supostamente] reputado e ponderado». Graças ao exemplo dado pelo Asno de Oiro, os que se encontram nestas posições de tremenda responsabilidade comportam-se como chefes africanos de clã e têm instruções claras para trabalharem as condições de reeleição para além de qualquer premência de acção. Sentem-se como um pseudo-escol e e uma espécie de aristocracia de gabinete incontestável. Não estão ao nosso serviço e certamente nos lembrariam a nossa posição, se os confrontássemos como o empresário citado. Enfadam-se com gente. Haver pessoas e conflito de perspectivas maça-os profundamente. Papagueiam tópicos deliciosos de política de apoio às PME e aos focos mais urgentes resultantes da Crise, mas depois aplicam-na de modo curto e caso a caso, certamente segundo o critério chavista de selectividade e da afinidade `dos alvos com a luminosidade messiânica e imprescindível do Obeso Líder ou Líder Armani. É o poder que o Poder tem de filtrar e gerar obediência, gratidão, retorno eleitoralesco. É o Poder em acção e no seu pior, pervertendo e enchendo de uma insolência inominável os seus temporários detentores. Entretanto, avoluma-se a horda crescente de desempregados e de excluídos artificiais das Ementas Oficiais do Desemprego. Rasuram-se e escondem-se dados delicados que são gente, camufla-se habilmente a verdade e propaga-se a fantasia a todo o instante. O País de faz de conta, do fingimento e do tenebroso poder que amedronta e extingue a liberdade, esse mesmo País regressará à mãozinha tirana do líder ou não regressará. A esquerda moderada é radicalmente perigosa, agarrada ao poder, tem uma gula má conselheira em permanecer no poder, literalmente não olha a meios. Pode José Sócrates 'vencer' o Partido. Espero que as pessoas amantes da liberdade e do pluralismo prático e efectivo engendrem uma resposta à altura de tanta autocracia mal-disfarçada e de despesismo fútil em Imagem-de-Vento, Quatro Anos de Circo Voador e de um Portugal real que não bate certo com o País de Oz de Sócrates. Em face do que sabemos, se não gritássemos nós, até as pedras gritariam que Circo e Pinocadas à Verdade, à Transparência, à Lisura nos Cargos Públicos nunca mais, se não se tratasse este do Povo de Valentim, Fátima Felgueiras, Ferreira Torres e Isaltino!

Comments

antonio ganhão said…
Hoje almocei com o "não há alternativa". Depois deste discurso quase me sinto tentado a aderir a este proto-salvador da pátria, se não mesmo seu único fundador!

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