ANTÍDOTO PRIVADO AOS 'TOXIC ASSETS'


Parece que o antídoto para a desparazitação bancária dos seus activos tóxicos, além de ter passado, e muito, pelo dinheiro dos contribuintes e a acção nacionalizadora e interventiva do Estado, terá de passar igualmente pelo concurso auxiliador dos privados, entidades por muitos anos encaminhadas precisamente para investimentos em gula imediatista e lucrativista em activos de ambígua natureza. De certa forma, o ciclo fecha-se. Todos estão envolvidos. Todos, menos os contribuintes, são responsáveis e a forma de sair do problema terá de ser uma vez mais global, activa, complexamente interactuante. Como? Ainda não está claro. Os contribuintes norte-americanos, em face da pobreza emergene e dos problemas imediatos que alastram, já perderam a paciência, logo numa semana crítica em matéria de pouca vergonha na AIG, com os famigerados bónus obscenos e a obscenidade dos seus onze executivos demissionários: «A responsável do Conselho Económico Consultivo do presidente norte-americano disse hoje que o Governo precisa da ajuda dos investidores privados na compra de activos tóxicos que estão a sobrecarregar os balanços dos bancos. Christina Romer, citada pela Associated Press, afirmou que o novo plano da Administração Obama vai ter que envolver trabalho em conjunto com o sector privado, com a Reserva Federal e com o Fundo de Garantia dos Depósitos (Federal Deposit Insurance Corp.) para tentar que as ajudas públicas não tenham de ir mais além na ajuda à recuperação do sistema financeiro e da economia real.»

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