MARINHO-MULETA DO GRANDE ILIBADO


A que estranho papel se presta Marinho Pinto! Perante os factos gravíssimos já do domínio público, tão graves e altamente implicadores de José Sócrates, o Grande Ilibado, não tem qualquer pertinência nem relevância determinar a natureza anónima ou não anónima da denúncia. Interessa aferir as reais responsabilidades dos implicados e não as dos mensageiros e urdidores da denúncia. Marinho Pinto escandaliza-nos tanto mais redobradamente quanto a verdade é que os corruptos são postos em liberdade ou os seus processos congelam e marinam, mas rapidamente se prendem, vexam e assediam aqueles agentes da PJ e outras pessoas que ousaram Violar o Segredo de Justiça ou Romper com o Muro Protector de Silêncio sobre o crime económico. Casos e mais casos não dariam em nada sem o seu zelo e transcurso do respectivo risco e conveniente limite. Azar se é em associação que se organiza uma carta. É a democracia e é o desejo de Justiça que nos percorre e não ocorre. Perguntemo-nos quem é que está preso e é acusado por romper com os interesses instalados, por se insurgir contra a captura da Justiça por parte de um poder político capaz de tudo para se salvaguardar acima e para além da verdade e dos factos que o implicam?! A verdade e os factos não exigem outra coisa senão Justiça. Em segundo lugar, Marinho Pinto, tal como outros, tem enveredado por descabeladas generalizações no ataque sistémico efectuado a juízes e à PJ. Marinho Pinto não pode ser faccioso. A escolher, escolhe-se a verdade aferida, escrutinada e apurada. Não a compaixão com o sr. Sócrates, o Grande Ilibado Permanente em Portugal, argumentando acerca do oportunismo eleitoral da denúncia anónima. Em suma, o dr. Marinho faz política. E, porque a faz, afasta-se do estrito âmbito da Justiça que lhe deveria interessar para além de tudo. Essa Justiça que aliás falece e jaz enterrada todos os dias em Portugal. Tudo e todos a vitimam e a adoecem de reumatismo, gota, tuberculose, cancro e pneumonia. Com esta conversa, Marinho Pinto mais não logra que se colocar ao serviço a 'Justiça' dos Fortes ao dar a tão morta entidade alegorizada agonizante, mais um daqueles enxertos de porrada a ver se aprende a não desconversar do correcto. A política do Poder Plenipotenciário agradece. São gestos singelos como este de Marinho que sublinham o porquê de a Justiça continuar o grande defunto bloqueador e nunca acabado de enterrar da nossa 'democracia: «O bastonário da Ordem dos Advogados afirma que a carta anónima que deu origem à investigação do caso Freeport foi combinada entre o autor e alguns elementos da Polícia Judiciária (PJ). "A situação, já de si insólita, adquire contornos algo preocupantes, porquanto a ideia da carta 'anónima' parece ter surgido num contexto de encontros e reuniões entre inspectores da PJ, jornalistas e figuras políticas ligadas ao PSD e ao CDS", escreve Marinho Pinto na edição de Abril do Boletim da Ordem.Marinho Pinto diz que a carta anónima foi combinada entre os seus autores e alguns elementos da polícia. No Boletim da Ordem dos Advogados de Abril, o bastonário critica fortemente a actuação do Ministério Público e da PJ no caso Freeport, num artigo de quatro páginas com o título "A carta anónima que incriminou Sócrates foi combinada com a PJ".»

Comments

Anonymous said…
E trabalhar ?? Não se faz nada ?? Parasita
Karocha said…
Claro Joshua

Foi tudo combinado,inclusive com as autoridades Britânicas e o dinheiro da Casa Real!
O Sr. Bastonário, já se deve ter esquecido, quando falava comigo por mail!!!
Anda muita amnésia neste País...
G said…
Como advogado sinto-me envergonhado em ver um bastonário a prestar-se a fazer este papel. Não discuto neste forum o caso freeport, apenas digo aquilo que qualquer advogado inscrito na OA sabe....o bastonário não pode fazer politica!! Para que fique bem claro votei em branco nas eleições da OA bem como nas ultimas 3/ eleições, igualmente não pertenço a nenhum grande escritório de advogados nem nunca me relacionei com ninguem que se tenha candidatado a cargos da OA. HOJE SINTO VERGONHA EM PERTENCER À OA

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