NEW FLU, ENSAIO SOBRE A BRANDURA


Para além da prudência natural das pessoas, atendendo ao estado da arte no conhecimento e prevenção das pandemias é muito mais plausível que as medidas tomadas, estado a estado, minimizem o impacto global do H1N1, mas o lado submerso de toda esta questão diz respeito ao dinheiro que o alerta planetário e o medo da morte movimentam com os impactos negativos no turismo e no transporte aéreo e positivos nos lóbis farmacêuticos. Perante problemas sociais e económicos muito graves, afectando massas incontáveis por todo o planeta, por contraste com situações de enriquecimento exponencial escandalosas de uma minoria blindada, que armas brandiria uma eminência parda mundial? A que manobras de diversão deitaria mão? O Medo tolda a lucidez e a pequena e lucilante lucidez dos povos encaminha-se para uma legítima exigência da sua intervenção directa e co-responsabilização directa no rumo dos seus governos, no destino das suas nações. Delegar e confiar nos eleitos é perigoso. O bem geral tem sido alienado por todo o planeta ao bem particular num oportunismo predatório. Restringir a democracia simplesmente a eleger e a delegar numa elite é arriscado, passível de corrupção. Em Portugal, por exemplo, os últimos dez anos viram o Assalto mais Feroz e Devastador aos Orçamentos de que há memória. A lógica que preside à atribuição de reformas sornas a Silva Lopes e a uma pesada multidão pequena de luminárias do Regime como ele, de tão imorais apesar de legais, fazem de Portugal pura e simplesmente INVIÁVEL a médio prazo. Divergir começa nessa imoderada fantasia obscena portuguesa, inaugurada nos primeiros governos constitucionais, levada à perfeição por Mário Soares implícita ou explicitamente e que consiste em onerar os OEs com despesa imoderada no plano das mordomias, sinecuras, benesses. O Regime está podre em quase tudo. Nesse âmbito, já só tem Osso. A Crise é devastadora, mas será também uma oportunidade para um shift político que passa por uma cidadania activa, actuante, vigilante e exigente, interventiva directa e imediatamente. O tempo do Poder 'democrático' delegado segundo o paradigma dos séculos XIX e XX, sem escrutínios apertados e sem que em tempo real as pessoas tenham uma palavra de peso a expender, está a chegar ao fim. Que nenhuma New Flu ou Gripe A no-lo faça esquecer: «Os casos de gripe mexicana em Espanha aumentaram hoje de 10 confirmados para 13, anunciou a ministra da Saúde Trinidad Juménez. No Reino Unido foram confirmados três novos casos (são agora oito), e em Washington um funcionário do Banco Mundial foi infectado. A Organização Mundial de Saúde diz que não há razões para aumentar o nível de alerta.»

Comments

antonio ganhão said…
A melhor parte do teu post foi que conseguiste enfiar o Silva Lopes!
joshua said…
O que eu não faço para depois vires ter piada.
Anonymous said…
Um video relacioando com esta pandemia, só visto...
http://www.youtube.com/watch?v=_qJQCJp4ehc&feature=channel_page

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