SUPRASSUMO DA LITIGÂNCIA

«Sócrates alterou a estratégia em relação a este caso. Em Janeiro, depois de se saber que o seu nome consta numa lista de suspeitos da polícia inglesa sobre alegadas irregularidades na aprovação do Freeport, desdobrou-se em declarações, comunicados e reacções, tendo mesmo convocado os jornalistas por duas vezes. Agora deixou de fazer comentários sobre a investigação. Paralelamente, passou a actuar judicialmente e encarregou o seu advogado, Daniel Proença de Carvalho, de apurar se há matéria para apresentar queixa contra quem o esteja a difamar. Segundo noticiou ontem o semanário "Expresso", foram já apresentadas queixas-crime contra José Eduardo Moniz, Manuela Moura Guedes, Ana Leal, Carlos Enes e Júlio Barulho, todos da TVI, pela exibição do referido DVD e por notícias relativas ao caso Freeport emitidas pelo operador privado de TV. Também processados foram Cristina Ferreira, Paulo Ferreira e José Manuel Fernandes, do PÚBLICO, pela edição do trabalho sobre a compra, abaixo do valor real, do apartamento na Rua Castilho, em Lisboa, onde vive o primeiro-ministro. O jornalista do "Diário de Notícias "João Miguel Tavares foi também processado por uma crónica que assinou no jornal. Ontem, contactados pelo PÚBLICO, PSD e CDS recusaram reagir à divulgação do DVD. Já o dirigente do PCP José Neto declarou que “começa a ser mais visível que a presunção de inocência do primeiro-ministro não o desobriga de se disponibilizar para o rápido esclarecimento deste caso”. Também o líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, considerou que “a Justiça deve investigar estes elementos”.»

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