LUCIANO HUCK, FURTO. FOME.

Não é crível que os que, na madrugada desta quinta-feira, arrombaram e furtaram a casa do apresentador Luciano Huck, num condomínio de Luxo na Estrada Bernardo Coutinho, em Araras - segundo distrito de Petrópolis, na Região Serrana, o tenham feito deliberadamente contra o apresentador. É certo que nem Huck nem a sua esposa, a também apresentadora Angélica, estavam na casa. O que parece evidente que é esta ocorrência faz parte de um padrão comportamental motivado e oportunista estafado, já que, na mesma região, outro condomínio foi invadido e a casa de uma advogada também foi arrombada. Segundo o relato do funcionário do condomínio à polícia, Delegacia de Itaipava (106ª DP), foram levados da casa do apresentador um aparelho de DVD, um aparelho de CD marca JVC, um multiprocessador, um capacete e alimentos. Alimentos! Só neste traço, o furto de alimentos, se explicita o carácter experimentalista do ou dos perpetradores. Será preciso um novo Brasil para romper com uma cultura vulnerável à violência contra pessoas e propriedade, onde o furto se transformou em coisa banal a que virtualmente ninguém escapa incólume. Se as populações forem alvo de programas governamentais sérios de promoção individual e inclusão social, com microformações e microespecializações, por uma cultura de maior activismo cívico, pacientemente emergirá uma nova realidade nacional que não tolera o crime porque lhe ataca os fundamentos que o determinam e reproduzem. Se a repressão resultasse, seria necessário um holocausto presidiário para consertar o problema quando a realidade presidiária brasileira só por si representa uma espécie de Academia de aprimoramento do Crime. Só inteligência, afecto e razão nas políticas de um Estado ético, finalmente morigerado, robustecerão a sociedade.

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