ENTRE BELÉM E SÃO BENTO, O DESERTO

Notável o artigo de Mário Crespo a desmontar parte dos contornos assumidos pela guerra fria entre Governo e Presidência. Evidentemente que para grandes males, grandes remédios. O carácter e o perfil do XVII Governo Constitucional, beneficiário aliás de ampla e prolongada benevolência e cumplicidade presidencial, foi um Grande Mal prático, no terreno da mentira e da manipulação mais falsária de factos e pessoas, iludindo ainda agora os principais problemas com que a viabilidade de Portugal se confronta. Os Grandes Remédios presidenciais parecem tardios mas pagam na mesma moeda esse PS-Governo com a sua malha de rumores e o seu conluio de interesses implantados para desinformar e alienar a Opinião Pública do essencial, tendo por alvo precisamente a Presidência, incriminada de esse delito democrático chamado alavancar MFL. As análises de Crespo, certeiras e luminosas, têm o hábito, talvez a vantagem, de serem monodireccionadas. Nem Governo nem Presidência nem Partidos escapam. Porém, cada qual na sua vez: «Já tive a minha dose de problemas com "fontes de Belém". Denunciei-as por estarem a colocar sob anonimato notícias nos jornais que depois não confirmavam oficialmente, criando embaraços aos editores mais crédulos. O chefe da Casa Civil, Nunes Liberato, brindou-me com uma queixa aos meus empregadores. É distinção que me honra e faz curriculum. Fiquei agora a saber que "as fontes de Belém" estão não só secas de confirmações, mas estão a secar a dignidade informativa à sua volta.» Mário Crespo, JN

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