MORTES À FLOR DO ÓCIO


Do que Portugal e o Algarve menos precisam, sob todos os pontos de vista óbvios, é de este tipo de fatalidades perfeitamente evitáveis. Estas pobre vítimas, cinco, ceifadas à flor de um ócio legítimo, merecido, onde a muito sonhada tranquilidade e prazer finalmente acontecem e se fruem, também clamam da pior maneira por que os responsáveis zelem pelas pessoas concretas em todos os domínios. Profilaxia, sentido do perigo, medidas de caução atempada, ficaram pelo caminho. As falésias algarvias, para além da acção da natureza, sofrem uma contínua e extrema pressão humana. Onde pára e por quem uma avaliação actualizada dos pontos críticos da costa?! Algo muito básico falhou. Talvez por motivos de cortes de pessoal ou insuficiência dele, veja-se o recentíssimo caso da falta de médicos periciários do IML, como se o crime ou as necessidades do País fizessem férias. Por que se procura poupar do lado fraco da poupança?! Salvo erro, pelo segundo ano consecutivo, morte no Algarve. Igualmente por derrocada! Nada mais estúpido e difícil de aceitar!: «Cinco pessoas morreram e três ficaram feridas, uma das quais em estado grave, na sequência de uma derrocada esta manhã na praia Maria Luísa, em Albufeira. Segundo o INEM, as vítimas são: um homem de 60 anos, que faleceu a caminho do hospital, uma mulher de 38 anos que estava em estado crítico no Hospital de Faro e mais três mulheres que estavam soterradas.»

Comments

danieltecelao said…
A culpa é da falta de avaliação do estado de perigosidade das falésias,por falta de pessoal,por causa de cortes orçamentais,por causa do governo,e finalmente,o grande culpado será Sócrates.
A culpa nunca será imputada pela incauteza das vitimas!!!
Dom .A. said…
Tragédias são evitáveis. O que não deve ser permitido é a omissão dos órgãos públicos. É preciso o pior acontecer para pensarem em algo!

Ab
Victor Pereira-Algarve said…
Deixei este comentário no público e volto a frisar: Bem, a QUERQUS é tão fundamentalista, os ambientalistas são tão fundamentalistas e o ICN é tão fundamentalista que e principalmente o Instituto da Conservação da Natureza (ICN), organismo que supervisiona o POOC (Plano de Ordenamento da Orla Costeira), não se deu conta que estava um perigo eminente. Então, estes organismos servem para quê? Para fiscalisar aquele que constroi encima da falésia? Ou serve para preservar a natureza? Como o nome indica, este organismo deveria estar dotado de todo o equipamento necessário bem como técnicos especializados, a fim de estudarem todos os fenómenos naturais existentes no nosso país, bem como cuidar, tratar e preservar a natureza. O que se vê são uns quantos a manterem os seus postos de trabalho e impondo-se à sociedade civil com os seus pequenos poderes fundamentalistas. O Sócrates não tem culpa, pois o pobre transmite unicamente a informação que lhe é facultada por este organismo. Agora quem supervisiona o ordenamento do território, este sim deveria ser inspeccionado.
Anonymous said…
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