UM GOVERNO POR CAIR

Mario Crespo sabe que há matéria circulante suficiente para que este governo já tivesse caído por sua livre e honesta iniciativa, não fosse a total ausência de honra e honestidade da parte do titular. Como tal não sucede dada a índole ávida, absolutista e deformada dos caracteres em questão, mau carácter algo inédito após o 25 de Abril, resta às Oposições, também elas em torpor porque passíveis de qualquer forma de chantagem por enquanto desconhecida, a tomada de qualquer posicionamento que nos salve das grosseiras imundícies hoje consabidas: prevaricadores calculistas que se perpetuam no poder; o diz-me com quem andas-Vara, dir-te-ei quem és e que pedidos de subornos colossais fazes; estratégias para amordaçar liberdades de informação com dinheiro do Estado. Acham pouco?: «E, infelizmente o digo, confio, sobretudo, em quem com toda a dignidade democrática e grande risco pessoal, tem tomado a difícil decisão de trazer ao conhecimento público indícios de infâmias que, de outro modo, ficariam impunes. A luta que empreenderam, pela rectificação de um sistema que a corrupção e o medo incapacitaram, é muito perigosa. Desejo-lhes boa sorte. Nesta fase, travam a batalha fundamental para a sobrevivência da democracia em Portugal. Têm que continuar a lutar. Até que a oposição cumpra o seu dever e faça cair este governo.» Mário Crespo

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