A FAUNA E O FAUSTO


O Poder Político e o seu Braço Servil Justiciário aprenderam uma lição só perfeitamente aplicável em países supremamente corruptos e cuja fauna sociológica, 20% dela na máxima e vergonhosa indigência que se sabe [70% entre emigrados, profissionais dos partidos dependentes da Alta Gamela na Função Pública, milionários oligopolistas com o seu fausto de cosmopolitas viajados tão patriotas como escanhoarem a púbis, e outra gente mesmo autónoma e trabalhadora, cá e lá fora, alheada, ignorante, dedicada a consumir e a dissipar] se esteja a literalmente a cagar para o que por si só já não cheire bem. Tal lição é que o tempo de atenção e a disponibilidade das Opiniões Públicas, tal fauna ou em miserável miséria ou em miserável fausto, para sentir e exprimir alguma espécie de escândalo e curiosidade editorial, tem os seus limites físicos, se calhar químicos, se calhar astrológicos. É só esperar uma, duas, três semanas e tudo se dissipa da agenda mediática, como tsunamis escandalosos que chegam e partem sem consequências ou responsabilizações de maior. Por isso é que só agora Azeredo Lopes e a ERC encontrou agenda. No ápice das questões, o Poder Político anda numa fona, mobiliza a peso de ouro os seus opinativos, a sua imprensa, os seus porta-vozes sucessivos afinando pelo mesmíssimo diapasão, a sua contra-informação blogosférica até ficar tudo tapado com uma pazada de merdífera terra fofa. Atira-se dinheiro para o problema, Freeport, TVI, Face Oculta, Licenciatura Manhosa. E a vida segue adiante. Não é arquelogia. É a natureza da fauna nacional com os seus faunos, fadas e fodas.

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