PARIS. LONDRES. A SEDA DA TUA PELE


Não foi preciso mais
para reencontrar, na seda da tua pele,
o velho fogo de doçuras represadas somente pela cruel distância.
Não foi preciso mais.
Palavras intensas por horas
num só Corpo Desnudo, tomado e retomado.
Lá fora, o frio.
Lá fora, notícias de um país dissolvente, na corda bamba.
Dizem que Paris e Londres se soterram. Nevões ferozes. Doces.
Não importa. Teus beijos, teus seios, teu ventre,
meu superavit, meu sumo,
saciam-me o défice de ti
e subtraem-me ao Mundo.

Comments

Daniel Santos said…
Muito bom!

eu gostei.

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