EYJAFJALLAJÖKULL

Cheira a uma espécie de fim, desaparecimento do Sol, bloqueio do Ocidente, com custos altíssimos a derrubar economias ao emperrar a mobilidade normal de um mundo mal-habituado e com tentações desigualitárias profundas. Coloquemos os olhinhos no alcance da erupção em decurso do Eyjafjallajökull, meditemos na nossa potente impotência e estrondosa mortalidade. Aquela pluma de negrume carregada de cinzas geradas pela erupção que se distende para sudeste pelo Atlântico desde a Islândia (em cima à esquerda) até às Shetlands (a meio da foto à direita) por quanto tempo mais se prolongará? Terá a Velha Europa, o Hemisfério Norte, sequer um mínimo de Verão, na verdade, cada vez mais arredio? Talvez glaciar escuridão! Talvez nada mais que gélida escuridão e apagamento! 

Comments

Joshua, ainda ontem dei por mim a abordar esta questão precisamente nos moldes que aqui apresentas.
É de facto perturbante vermos o quão insignificante nos tornamos perante um fenómeno natural que, com jeitinho, fará as crises mundiais, as guerras religiosas, os défices, os túneis e outros afins parecerem brincadeiras de miúdos ... mimados !
Floribundus said…
na 'iropa' ninguém liga importância quando os fenómenos acontecem noutros continentes.

faz lembrar Eça:
1 milhão de mortos na China não tinha qualquer valor:
tragédia era a Luisinha ter torcido o pé

«in oculum descansum est»

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