HELENA MATOS MATA-ME!

O português de Helena Matos "mata-me" pela omissão de preposições obrigatórias ou pela falta de esmero nas concordâncias e na boa sintaxe nas suas postas de pescada. Ressuscita-me de imediato o facto de ela ter razão contra os mesmos do costume. E bem sei que os reles anónimos Abrantes também pegaram por isto do-português-de-Helena-Matos. Mas foi para serem reles. «Vós, diz Jesus Senhor nosso, sois o sal da terra...» A gente que nos apascenta se não leu Vieira e Camões, para além da prescrição curricular, não leu nada. Camões denunciou o "paneleirismo" político de D. Sebastião, a tirania com que os putos nobres, com ele-Sebastião-Rei e à volta dele, infernizavam os simples de Lisboa e abusavam dos pequenos instilando o medo e a discricionariedade. Conviria ao Primadonna ler EM TORNO DAS IDEIAS POLÍTICAS DE CAMÕES, de António Sérgio e, do mesmo, CAMÕES PANFLETÁRIO. Ali se fala abundantemente que o descalabro moral promovido pelo socratismo grunho é igualzinho ao que fora promovido pela imberbidade feminil do mancebo Sebastião. Feminil, mas, infelizmente para Portugal, nos antípodas do mulherengo, sublinhe-se. 

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