PAULA REGO INTO DAMEHOOD

Por cada presidente reformado ou em exercício, o Estado português enfarda escandalosa despesa acrescida com a respectiva corte e agenda. E, na hora de intervir, com moral e independência, relativamente à vampiragem partidária, fazendo face a, por exemplo, um exercício ignóbil de um mandato governativo sacado a ferros e sob passes torpes de desonestidade eleitoral, tipicamente um Presidente cala-se, joga a favor dos seus ou de si mesmo, procurando não comprometer demasiado as hipóteses de reeleição. Nas monarquias modernas, pelo contrário, a transparência na família referência da Nação é uma exigência ética, um modelo de actuação, assim como o encorajamento à excelência nos planos mais diversos da sociedade. O mérito, o valor e a excelência são pedagogicamente exemplificados e estimulados a partir de cima, na estabilidade de uma família humana, referencial de entrega e paixão ao seu próprio povo. Muito interessante e sintomático de tudo isto é que a pintora portuguesa Paula Rego, 75 anos, que nem sequer é inglesa, receba hoje o título de Dama do Império Britânico, condecorada por ocasião das Queen's Birthday Honours, evento que comemora o aniversário da Rainha Isabel II. Temos de regressar ao brio afirmativo de ser Portugueses, coisa que a República usurpatória inquinou, minando de malícia e descredibilização grosseira as instituições. Exige-o a nossa identidade com sobejas razões para se sentir orgulhosa de um passado ousadíssimo entre as demais nações europeias. Clama por isso o sangue derramado para que fôssemos o que somos-idiossincrasia e por que  inseminássemos o mundo de brando e condescendente humanismo miscigenado. O amor e a empatia pelo outro, em qualquer outro continente  alastrar de um império amoroso por culminar  continua desígnio e vocação. Se a Pátria é a Língua, o Império é que amemos cada Ser Humano e o integremos nesse amor-empatia num grau mais sublime que qualquer outro povo à face da terra.

Comments

Considerar as familias reais europeias contemporâneas, e mesmo as anteriores, referências éticas não será um pouco(?) exagerado....?
As casas de Windsor e York falam por si e para só ficarmos por aqui.
Por aqui, para não falarmos da muito lusa "de Bragança"...
Saudações.
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joshua said…
Fantástico, Mike... Agora a sério, não as acho modelo de aristocracia, mas não são realidades volúveis, partidarescas, parciais.

A Inglaterra está em primeiro lugar e não o interesses estratégico dos socialistas ingleses ou dos sociais-democratas ingleses, tenham a designação que tiverem por lá. Abraço.

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