OI, A ÉGUA DE TRÓIA

Estes accionistas, presidente do conselho de administração da estratégica PT, Henrique Granadeiro, Bava, e mesmo o Governo, devem ter recaído na mais profunda narcolepsia, além de não terem espinha dorsal, palavra ou sentido de autodefesa equivalente ao da invasiva Telefónica. Que havia a esperar? Enfim, a PT não é nossa, é de quem a agarrar, e não há nem pode haver patriotismo ou visão estratégica entre alternadeiras, capazes de transformar o maior encornanço no suprassumo da coordenação de esforços. Agora será a OI a nossa Égua de Tróia para penetrar e progredir num mercado suculento onde a Vivo já se tinha consolidado e leva avanço. Tudo se esquece: a agressividade táctica da Telefónica e todos os passos dados em falso até ao exercício da Golden Share pelo Golden Ass. Ao cheiro de 7,5 mil milhões de euros, a PT vende à Telefónica, que é espanhola, a posição que detinha na Vivo, que é brasileira. A tal Golden Share não passou de uma negaça para entreter e alimentar à fartazana rios de bytes e tinta e apelar às tripas patrioteiras e flanar a bandeira pífia do "interesse nacional" por um instante de ilusão. A memória das audiências mediáticas é de curtíssimo prazo, bem à medida de um PM entertainer. O comunicado da CMVM é cristalino: o pagamento será efectuado em três tranches: 4,5 mil milhões até ao fim de Setembro, mil milhões até ao fim de Dezembro, e os dois mil milhões remanescentes até 31 de Outubro de 2011. Isto só foi possível porque a estratégica PT celebrou uma parceria com a estratégica e talvez periclitante Oi, propondo-se adquirir (por 3,7 mil milhões de euros) 22,38% do capital da operadora estratégica brasileira para começar tudo de novo.

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