MERCADO POLÍTICO

Perante menos de três mil pessoas, Passos, the Hare, que nunca correu como um Rabit começou a engrossar a voz e a correr como a Tartaruga da fábula. Perante um Governo poluído de casos numa atitude gestionária e um desejo sôfrego de auto-vitimização, era incompreensível tanto silêncio consentidor. Houve quem não perdoasse o pedido de desculpas pela aprovação das medidas de austeridade naquela associação coligatória com o Governo-PS, entretanto e logo a seguir apostado em apoucar, por todos os modos, a figura gémea do PPC que subia nas sondagens. Um PSD colado ao PS assassina a esperança do eleitorado em libertar-se de um sistema quezilento de Poder, com laivos chavista-ahmadinejadescos, timbre estúpido em que Sócrates instituiu abominavelmente. No mercado político o que conta é gerar esperança, conquistar hearts and minds, sedimentar confiança, arrastar vontades sem que cada um dos cidadãos se sinta violentado e trucidado nos seus direitos, sensibilidade e expectativas. A principal esperança é a de que novos ares sejam respiráveis no pós-socratismo. O socratismo não passou de uma forma violenta e espúria de ser Governo: para os seus, com os seus e pelos seus. Sente-se perfeitamente a importância que os "socialistas" dão aos lugares, como se tornam surdos a demissões pelo apodrecimento dos lugares. Todos vêem o modo como os "socialistas" colocam os seus antes de quaisquer outros critérios de importância. Percebeu-se que em quinze anos disto, o refrão é este: Primeiro, nós. Portugal e os Portugueses que se lixem.

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