RAREFACÇÃO DO PUDOR

Uma das coisas mais vergonhosas das políticas educativas e de saúde que temos tido de engolir é que o processo de desactivação do interior que as acompanha é feito a correr, sem planificação de consequências, sem remorsos, sem rebuço, sem pudor. Matar localidades periféricas e desesperançar o não-litoral faz-se sem pestanejar, rapidamente e em força: é o "socialismo" gaycasamenteiro conduzindo alegremente a eutanásia cívica aonde há menos gente e mais maleável às brutalidades burocráticas. Enquanto isso, nada é feito para evacuar do Estado a peçonha maligna que o está verdadeiramente a matar: o excesso letal de Clientelas em roda livre e cada vez insensíveis na sua desenfreada glutonaria sobre o erário; o deslavado tráfico de posições e tachos em crescendo, tendo em conta que, com tanto corte absurdo, a Despesa piora. Neste sórdido caminho, a ministra da Educação, Isabel Alçada, é um mero boneco de serviço a dar a cara por isto. Torna-se complicada uma insurgência geral e mais acesa quando a violência desencadeada pelo Governo-PS se faz servir com um suave sorriso, com a fragilidade de uma vozinha tímida, quase gaga, tartamudeando justificações a partir de um corpo tão pequenino como insuspeito. Não é ela. Há é uma manápula impiedosa por dentro dela.

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