JUNKY MARINHO IODA-SE EM PÚBLICO

Gosto de Manuel António Pina e a maior parte das vezes concordo com ele, como, por exemplo, quando escreveu isto e foi brilhante: «Marinho e Pinto merece a nossa compreensão, mesmo que esgote a nossa paciência. É um "junky" de protagonismo, quando está muito tempo longe dos holofotes entra em carência, afligem-no dores musculares insuportáveis no sistema vocal e as palavras acumulam-se-lhe, ansiosas, na garganta, sufocando-o e forçando-o a correr em desespero para as redacções em busca de um "dealer" de manchetes ou, ao menos, de títulos a duas colunas ou rodapés de noticiários televisivos para "meter para a veia".» Sucede que Marinho e Pinto, o ilustre e infatigável socratista explícito ou subliminar protector das pretensões irrespondíveis e irresponsáveis de estes seis anos mortíferos e que passam por que o maior número possível não vote para que o voto tachista-socialista avulte, respondeu-lhe em termos que demonstram a total eficácia do bom registo satírico pinaniano e emanou esta peça inacreditável: «Comecemos por onde estas coisas devem começar: o escriba que diariamente bolça sentenças nesta página e que dá pelo nome de Manuel António Pina é um refinado cretino. Posto isto, assim, que é a forma honesta de pôr este tipo de coisas, nada mais haveria a dizer. Citando um treinador de futebol dado a elucubrações epistemológicas, «um vintém é um vintém e um cretino é um cretino». E... Pronto! Estaria tudo dito. Além disso, só se MAP não fosse tão cretino é que valeria a pena mostrar-lhe por que é que ele é tão cretino. Não costumo responder a cretinos. Mas, correndo o risco de este, como todos os outros, se tornar ainda mais agressivo, vou abrir uma excepção e descer ao seu terreno para lhe responder com as mesmas armas que ele tem usado contra mim, até porque este é um cretino especial, do tipo intelectual de esquerda.» Esta novela promete sequela e sequelas.

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