O EMBARAÇO DE SOARES

A fé que Soares nutre numa vitória eleitoral e nos méritos de José Sócrates é proporcional às vezes que o nomeia em discurso. Os portugueses compreendem o embaraço dado o manto nada diáfano de desgraça legado pela delinquência socratista à qual nenhuma experiência sedimentou humildade, capacidade de ouvir, pudor em depredar recursos, vergonha em devorar o erário, honestidade na palavra. Papelzinho deprimente de discursar na campanha a que se sujeita Soares e que o contamina dos frutos amargos e do mau trabalho socratista-socialista.

Comments

Anonymous said…
A explicitação do velho paradigma, que formatou a governação socrática, facilita o exercício de explanação dos pilares axiais que permitirão alicerçar um novo paradigma de governação para Portugal, porque, no essencial trata-se de empreender pouco mais do que uma inversão daquilo que foi o estilo e o conteúdo da actuação política de Sócrates.
Para o efeito, basta empreender-se uma espécie de revolução copernicana na política portuguesa, deslocando para a periferia o que tem estado no centro, como é o caso do descomedido e gabarola protagonismo do líder e concomitante decisão/acção política, ao mesmo tempo que se deve trazer para o centro o que tem sido sistematicamente subalternizado e desvalorado, mormente a agência e a iniciativa de cidadãos, profissionais, instituições e empresas, que sejam susceptíveis de mobilizar ideias, vontades e produções/criações.
Além de uma desejável descentração do debate político-social de um ego com tiques de chavismo para a análise séria dos problemas e para a procura de soluções para os mesmos, o que não é possível com Sócrates e respectiva camarilha no activo, torna-se crucial que os governantes adoptem, quer um rigoroso e espartano código de conduta pessoal, quer um conjunto de práticas de actuação política, correspondendo a um reemergir da confiança e da cooperação e sendo passíveis de serem consubstanciados no seguinte:
- compromisso com uma exemplaridade de conduta, nos domínios pessoal e político;
- valorização e envolvimento dos actores no terreno ao nível da definição de políticas, das tomadas de decisão e dos processos de implementação;
- governação esvaziada de qualquer sofreguidão ou obsessão propagandística e dos exageros da exposição mediática;
- actuação transparente do ponto de vista das contas, das contratualizações e dos concursos públicos, garantindo o acompanhamento, a supervisão e a auditoria por entidades independentes;
- criação de rotinas de publicitação pública de decisões e de actos, o que me leva a saudar, desde já, o compromisso de Pedro Passos Coelho em publicar na Internet todas as nomeações.
Sem prejuízo da avaliação de políticas sectoriais e de medidas concretas, este caderno de encargos constituiria, por si só, uma base sólida e confiável para qualquer programa de governo.
Anonymous said…
Contribuições para um retrato de Portugal, hoje:

odisseiadeportugal.blogspot.com

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