VALUPI, A GUEIXA, EM MAIS PROSA CONCUBINA

Não há, hoje, em Portugal, amante mais amante de um desastroso ex-primeiro-ministro que o Valupi. Quem é o Valupi? Não se sabe. Provavelmente, Valupi será um programa de computador que serve para debitar automaticamente defesa e argumentário favorável a José Sócrates, apesar do rasto de desatinos e desaforos, fraudes e tretas com que nos consumiu. Pode José Sócrates escorregar no oblívio, finalmente, substituído pela Realidade e por haver mais gente que não ele-imprescindível para Valupi? Poderá ele descansar finalmente o esqueleto envernizado de Armani na cloaca do esquecimento e desamparar-nos a loja? Não. Valupi não deixa. Valupi tem a certeza de que Sócrates é divino ou, pelo menos, o divino jacobino que haveria de vir para consolar quem? Valupi. Portugal progrediu: aborta mais e tem os seus gays à solta graças a quem? Ao Primadonna, nosso berlusconi sem estudos mas com esperto. Valupi considera doente e imbecil toda a gente que leu em Sócrates nada mais que uma demência sociopata autocentrada, uma deriva manipulatória grotesca, quotidiana, massiva, através das TV, ao longo de seis anos esmagadores de permanente injecção de uma cara e de uma voz que se nos impunham violentadores até à náusea. Valupi despreza gente que abomine ter sido vítima da mais reles charlatanice e do assédio sistemático com treta perpetrados por uma voz com um discurso plasmado ao momento, demasiado parecidos com a tortura gota a gota, através dos media. Haver gente para além do Primadonna é igual nada para o anónimo programa de computador Valupi. Sócrates é que é tudo. Por isso, o grande abichador de comissões nas PPP, o grande negociador e promulgador instantâneo do Freeport, o enorme e honesto estudante na Independente, é ele o Messias, Amante do Concubina Valupi, e por ele, Valupi todo se prostra em tusa, espectáculo nunca visto de submissão apaixonada a merecer tese. De todas as vezes, a linguagem valupiana começa épica: descreve a demissão de secretário-geral do PS que abandona o País «para um recolhimento privado», isto é, em valupiês, o iluminado incompreendido faz-se eremita e ingressa no jacuzzi, nos restaurantes e na vida lustrosa da Paris Cara, coitado. A Pátria fica para trás. Não, não mereceu a atempada 'generosidade' da Mota-Engil por grossos serviços prestados ou da Martifer pelo mesmo ou do BES por muitíssimo mais que o mesmo. Não. Foi despojar-se todo para debaixo de uma ponte à beira-Sena, a fim de meditar candidamente no que havia feito. Entretanto, o que fazem os maus, os reles, os obcecados e imbecis, ao menor faro a nome do Amante Sócrates? Dedicam-se à «obsessiva perseguição» caluniosa. E Valupi, que deve ter uma considerável hemorróida por dedicação, conclui isto: «Sócrates continua a ser a principal personalidade na política portuguesa.» 

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