POR UM SERENO PROCESSO DE ALIENAÇÃO DA RTP

Houve um tempo em que prática normal e corrente seria o Governo colocar toda a gente a falar de tudo, menos do que realmente interessa. Por exemplo, dos professores, dos juízes, do pseudo e piroso choque tecnológico, mas não da dívida galopante, mas não da dívida subterrânea e eleitoraleira, instrumento de compra de opiniões e favores, instrumento de reeleição demagógica complemento solidário de artifício, assim como de megalomanias várias que redundaram em tudo o que agora é preciso pagar a doer. Hoje! Hoje, o problema da RTP coloca-se no mesmo plano que o das esperadas-inesperadas dificuldades de lipoaspiração das contas públicas. Relvas anda por Timor-Leste. O grosso do Executivo prima por ser discreto e moderado lá, onde outros no passado foram impantes desbocados e farfalhudos anunciantes de modas, vento, circo. Por exemplo, os números infelizes da execução orçamental para 2012 não são arma honesta que a Oposição-PS possa agarrar dada a responsabilidade directa do mesmo ex-Govenro-PS no cavar horrendo da maior parte das dificuldades presentes: parte do problema do défice vem detrás. Dizer o contrário é ser desonesto e reles, papelão a que praticamente só os socratistas se prestam. Criança que gastou tudo o que poderia ter ou garantir em chupa-chupas, chicletes e rebuçados, e nada pagou, agora que alguém se presta a acertas, a bem ou a mal, aquelas contas e corta com as guloseimas, não faria sentido os gritos de histeria acusadora de uma Oposição birrenta e caprichosa, e sobretudo desmemoriada, pelo facto de a execução ir nua. Seguro não se pode prestar a esse papel hipócrita, falso e cretino. Ficam os ávidos e nervosos socratistas a falar sozinhos, amestrados que estão a tudo por uma reescrita sorna do passado, dispostos, aliás, a tudo, mesmo a matar a mãe, apenas para gerar uma onda de descrédito sobre os actuais incumbentes, forma instintual e sôfrega de se ilibarem. Vale tudo. Desde insultos gratuitos ao Primeiro-Ministro à perpétua e órfã evocação soteriológica do PEC IV. As Oposições são importantes para a qualidade da governação, mas têm de ser sérias, construtivas, modernas no sentido do bem comum e não no da conspiração descomunal por uma agenda pessoal de avidez demasiado notória, tão indisfarçável que Pastar em Paris já é toda uma tese silenciosa e auto-acusatória sobre não o olhar a meios.

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