ALEMÃES PREFEREM FICAR NA IGNORÂNCIA

Dívida Pública Portuguesa em Percentagem do PIB, de 1995-2011.
... acerca de Portugal e dos Portugueses. Portanto, nem Marcelo nem as suas excelentes ideias nos valem. Continuaremos a chorar sozinhos e a amargar os nossos próprios pecados. Sim, e é tudo verdade: é verdade que o povo português trabalha mais horas que o povo alemão; é verdade que paga mais impostos; é verdade que tem menos dias de férias e feriados. Não chega. Poucos povos se dão ao luxo de eleger uns Filhos da Puta que rebentam com as nossas contas em três tempos [em seis anos, um acréscimo de noventa mil milhões de euros em endividamento público, que não foram para nenhum TGV, que não se materializaram em nenhum Aeroporto Megalómano, que não se transformaram em Merda Exorbitante e Megalómana Nenhuma e, no entanto, ninguém [nem sequer os Alemães!] sabe onde estão ou para que serviram, cêntimo por cêntimo!]. Dado o golpe, atirando o País para o esterco, o Cabecilha repousa em Paris a comer da sua parte infinita do saque e por cá ralha-se e barafusta-se, empalidece-se de desespero nas praças, por causa da puta da austeridade. E agora? Agora alija-se tudo, imputa-te tudo à Chancelerina. Untermensch! Sklaven! Menschen verraten von ihren Politikern tausendmal! Povo de cornudos, abri um pouco os olhos! Não admira que os Alemães não nos respeitem. Nós também não nos respeitamos. Poderia o vídeo de Marcelo e do Moita de Zeus mudar alguma coisa na cabeça dos Alemães? Impossível. Nem na nossa. Coitada da Chancelerina Merkel!

Comments

Anonymous said…
Nao sabes para onde foi o dinheiro?

Auto-estradas, pagamentos a consultores e projectos de estudo, incentivos e coisas afins...
Anonymous said…
Essa questão do trabalhar mais horas faz-me sempre sorrir. É verdade, mas fazemo-lo porque somos muito piores e mais desorganizados que os alemães.
Trabalho numa equipa com 3 rookies. Durante dias fizeram noitadas sem fim. Sem conhecimentos e sem orientação o trabalho que lhes saiu das mãos é na melhor das hipóteses para deitar fora. A razão disto foi pobre gestão. Querer que aprendam sózinhos aquilo que leva anos a dominar. O responsável podia tê-los posto a trabalhar com duas pessoas seniores mas não o fez. Por má gestão pura e simples. Hoje arrogam-se de terem trabalhado muitas horas e no fim o trabalho deles ter sido deitado fora. Em vez de se ter promovido uma aprendizagem segura e robusta promoveu-se falta de qualidade falta de apoio que no fim gerou ressentimento porque o trabalho ficou mal e não foi "apreciado".
Um alemão NUNCA deixaria que isso acontecesse (já trabalhei com eles e sei que isto é verdade).
Planeiam, calculam, têm a cultura dos mais velhos ensinarem os mais novos. Construir em bases sólidas.

Por isso nós vamos vendo uma degradação em cada geração que chega ao mercado de trabalho. São deixados à sua sorte por incompetência de chefia, gestores de projecto. São quase encorajados a não respeitar quem sabe e é mais velho.
Nunca verá isso na Alemanha.

Um alemão olha para a nossa forma de fazer as coisas e fica chocado. Não percebe como se pode gastar tanto tempo e ser tão improdutivo. Somos o produto duma cultura em que ensinar e corrigir começou a ser visto como uma coisa má, como um ataque à criatividade individual. Começou no sistema de ensino e hoje está no trabalho.
É na maior parte das vezes de má qualidade sem planeamento e sem regras.
Um português a trabalhar na Alemanha brilha porque com a sua inventiva e capacidade de resolver problemas aliada à organização e planeamento está muito acima do alemão "normal" que é super especialidade e pouco dado a resolver problemas complexos.
O nosso problema é mesmo má qualidade das chefias. A conjuntura permitia medíocres a chefiar e os resultados apareciam. Not any more.

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