A IMPOSTURA DE MONSENHOR BARDAMERDA

Espero sempre o pior dos que se têm a si mesmos por donos do Regime, especialmente quando persistem em encher de treta aquilo que pertence à crueza dos números: um Estado tornado inviável e agora acossado por exigências de rigor desde o núcleo do Poder Político Europeu, estando em causa, conforme está, a saúde mesma do Euro. Não estranho sequer que a senecta abécula Soares, um desses donos regimentais da Coisa Pública como coisa sua, alguém que sempre abusou da influência por detrás dos panos, alguém que sempre enfastiou a Opinião Pública e abusou dos media, comente pela enésima vez outros titulares no exercício de cargos públicos, cargos que já ocupou, e o faça em termos chulos, em tom vexatório, desleal, incompetente e desonesto, e, sim, mal-fodido.

Soares não tem, nunca teve pudor político nem classe institucional, embora disfarce muito bem e tenha umas pobre corte de almas que o apaparicam conforme ele se habituou, Luís XIV do Regime. Nunca teve senão uma memória selectiva e conveniente, um bolso infinito, sempre à espera de se encher, um sentido diletante do dinheiro que aparece sempre, décadas a preencher com afilhados os interstícios do Aparelho de Estado. Não era agora que começaria a enxergar-se. O sentido democrático de Sua Senectude é tão exclusivista, tão dado ao favoritismo e ao pensamento de casta que eu, humilde cidadão, não sou digno de lhe desatar o velcro da fralda para lha mudar. 

Só mesmo Sua Majestade Esquerdalhíssima poderia apalpar o pulso à «esmagadora maioria da população portuguesa» e falar autorizadamente em nome da Esquerda, «a Hora da Esquerda», diz ele... «Manuel Alegre e eu...» Conversa fiada, dr. Soares. Que dia é hoje? Diga aaaaa! Em que é que Cavaco é mais partidário e anticonstitucional comparado consigo, o mais faccioso e caolho dos parasitas que a democracia de castas pariu?! E em que é que a austeridade de Passos diverge da sua austeridade? Por que elogia o Contumaz Porcalhão que veio pastar comentário na RTP? 

Soares poderia envelhecer em paz, com juízo, salomónico. Prefere proclamar dicotomias de Merda, retórica de Merda, naquela falsidade e imposturice de Merda, ou de Esquerda, que vai dar no mesmo por não passar de treta para engonhar. É o Monsenhor Bardamerda,  Papa da Esquerda Caolha, no seu melhor. Impostor do caralho!

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