ABREU AMORIM E OS PANELEIROS SOCIAIS
Os paneleiros sociais são assustadiços. Assustam-se. Escandalizam-se por tudo e por nada. Não vêem vampiros nem fantasmas, mas persignam-se por tudo e por nada. Alguém diz «Direita», eles dizem «Mata». Alguém diz «Baixar o défice», eles respondem «Meter dinheiro na economia». Os paneleiros sociais estão sempre à espera de se ofender com qualquer merdita: se a frase for religiosa e Nossa Senhora de facto tiver desenguiçado um enguiço de Troyka à conta das particularidades de Portas, os sócrates dizem que «não é bonito»; se a frase for futebolístico-desportiva, por exemplo, dragões a festejar um campeonato, os morcões mais susceptíveis e melindrosos do benfiquismo e da parvónia vêm ficar expressamente ofendidos. Ninguém pode escandalizar um muçulmano com uma tirada cómica e ácida ao profeta sem incorrer em blasfémia ou ser lido como blasfemo? Pois ninguém, nem um frontal candidato à Câmara Municipal de Gaia, pode, em Portugal, brincar com os sport-lisboa-e-benfiquistas nem fazer frases de espírito: magrebinos passou a ofender. Para não ofender, o Carlos teria de continuar com a conversa dos «mouros» e deixar de inovar e surpreender na poética do chiste. Não se pode dizer nada, nem se pode fazer piadas com nada. Vêm logo os paneleiros sociais, os maricas habituais, muito correctos e virginais, muito melindrosos e cu-tremidos, a queixar-se que dói. Espelunca de País!
Comments
Parece-me que não. A raiva aqui é outra.
Paneleiro de merda. Não te preocupes que vou sacar o teu dox.