BARBOSA A PRESIDENTE

Há duas vozes credíveis e sensíveis às gentes que se levantam no Brasil e em Portugal. Cá, é Paulo Morais. Lá, o herói popular, mas não populista, é Joaquim Barbosa, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal): «O Brasil está cansado de reformas de cúpula. Examinem a história do Brasil. Todos os momentos cruciais de nossa história tiveram soluções de cúpula. A independência foi um conchavo de elites portuguesas e brasileiras. Na República, o povo esteve totalmente excluído, acordou no dia 15 de Novembro sem saber o que estava ocorrendo [...] A Constituição fala claramente sobre as formas de exercício de democracia no país. O voto direto e simulacros de democracia direta exercida por meio de plebiscito, referendo e consulta popular. Há uma consciência clara de que há uma necessidade no Brasil de incluir o povo [em tais discussões]. [...] Não se faz reforma política consistente no Brasil sem alteração da Constituição. Qualquer pessoa minimamente informada sabe que isso é essencial. O modelo de eleição não só do presidente, mas deputados e senadores, está na Constituição. Qualquer medida que venha a alterar exigirá mudança na constituição. Está descartada a ideia de reforma política através de lei ordinária. Esse é o meu ponto de vista.» Joaquim Barbosa

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