EM PERPÉTUA FALADURA

Imaginemos que num Regime como o nosso um Primeiro-Ministro estava mesmo a tornar-se perigoso [o que de facto já aconteceu e só se resolveu graças a eleições, tardias!, PM cuja periculosidade mostra-a o respectivo legado, este mar de merda em que vogamos, meio mundo de contas para pagar, desemprego massivo, carências básicas, emigração angustiosa, choro e ranger de dentes]. Quem, dentre todos os caramelos da política, dentre toda a fauna de avençados e subvencionados vitaliciamente graças a ela; quem dentre os mega-advogados do Regime, os proenças, os júdice, os abancados nas TV, os abonados dos Orçamentos porque sim; quem dentre todos os filhos dilectos do Regime poderia falar e ser credível para nos avisar?! Qualquer um, menos Alegre, um hipócrita, perito em virginalizar o discurso capitão-gancho de uma vida passada a descansar, a passear e a suspirar. Qualquer um, menos Soares. No entanto, a cansativa jacobinância alternante está sempre aí, à boca da antena. Surge sumo-sacerdotal, indigna-se, caga sentenças, opina definitivamente. E é sempre a mesma, para nos lembrar quem efectivamente tutela isto com os seus vastos abdómens e quem é que tem o direito exclusivo a apascentar a nacional mediocridade tal como ela é, com as bancarrotas corruptas que pariu desde os idos de setenta e o statu quo que a nada aspira senão à cepa torta.

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