DO FÓSSIL CONSPIRATIVO RESIDENTE

Mais uma vez, Machete enodoa o Governo e contribui para a fragilização flagelada da nossa imagem interna e externa, imagem do nosso árduo percurso sob ajustamento, sob a obrigatória austeridade que é basicamente não haver dinheiro e o Partido Comunista não ter um Banco com ele inesgotável. Não nos bastava vermo-nos num momento venenosamente condenados pela S&P e logo a seguir elogiados redentoramente pelo FMI e pela Moody's, tinha de vir um Ministro de Portugal, na Índia, a um Domingo, disparar contra o pé nacional, atirando ociosamente um número desabrido para o ar, associado aos juros da dívida pública, número amarrado, fatal, determinante para se efectivar ou não um segundo resgate. Conspiração da estultícia e do simplismo, não!

Este ministro dos Negócios Estrangeiros não conhece de que fomes e sofrimentos se faz este ajustamento e por isso não parece ponderar devidamente quanto diga e não deva dizer. Pois mais valia calar. Já pesa por demais à nossa sensibilidade e ao nosso desejo de normalidade colectiva, com a sua leviandade habitual. A diplomacia portuguesa está muito mal entregue com mais um Relvas no Governo: Machete tem sido tão desastroso para Portugal nas declarações de tropeço que emite quanto o conspiracionismo activo e explícito de outros agentes políticos completamente maliciosos particularmente no grave momento que atravessamos, como Soares, ou ambicioso-maliciosos, como Sócrates. 

Machete, Soares, Sócrates, vão completamente ao arrepio dos bons sinais da economia, afrontam a necessidade de evitar a crispação e os ajustes de contas, ofendem o sentido de coesão nacional, assassinam a sensibilidade geral hoje pela prudência e a contenção. A linguagem de Soares e de Sócrates é chula, virulenta, isola-os na própria cegueira vingativa e sectária. Neles a raiva não tem limites, prova da monstruosa dicotomia Politiquice / Vida, Economia e Negócios. 

As palavras de Machete estragam, desconversam, perturbam, amolgam. Machete comporta-se como mais um fóssil. Pode emparceirar com o Fóssil Arménio, o Fóssil Soares e quantos fósseis têm dificuldade em ajudar o País a sair do poço escavado pela dívida da vida airada.

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