MARINHO, BALUARTE EM BRUTO

Degustei delongadamente a longa entrevista de Marinho e Pinto ao Público. Parece absolutamente livre e independente e em muito o será, concedo. Mas fundamentalmente deixa falar as vísceras e é com elas e por elas que se move e não por princípios de coerência inatacáveis. Sensibilizou-me a ternura reverencial pela sua Mãe. Tenho a lamentar que nada tivesse a dizer acerca da sua pega-polémica no JN com Manuel António Pina poucos meses antes da morte deste. Tenho a lamentar também que nem uma palavra tenha expendido acerca do seu adorado e protegido Só-Crash. Complexo e multifacetado, este Marinho, um viciado nos holofotes mediáticos. Eu, que nem sempre o poupei e nem sempre o pouparei, dou o braço a torcer: um homem, se for homem e quiser o melhor e o mais recto para Portugal, tem de gostar um pouquinho deste Camião TIR sem travões.

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