RUI RIO, MEDOS DE UM SURFISTA POLÍTICO

Rio não tem uma noção muito clara do que quer fazer no PSD nem do grau de adesão do eleitorado à sua pessoa e projecto, caso existam. Grande parte dos apoiantes de Passos, da maior parte do que o Passismo fez bem, tem vergonha em assumi-lo porque a fronda situacionista e imobilista grita mais alto, tem mais antena, e ameaça todas as semanas com golpes de Estado o Governo e o Presidente da República. Quem apoia Passos não quer destoar. Esconde-se e não o assume. Mas também os que dão como favas contadas a derrota deste líder do PSD e deste Primeiro-Ministro deve perguntar-se por que motivo as intenções de voto das mais recentes sondagens dão um PSD bastante resistente na casa acima dos 20%; e devem interrogar-se se é líquido que este Ajustamento falhe, agora que a meta pode finalmente ser cruzada. Significa isto que mais de meio País está na expectativa quanto ao desfecho final da Intervenção Externa e quanto à nossa recuperação. As boas ou más notícias e os bons ou maus resultados na economia farão com que as coisas pendam ou contra ou a favor da reeleição de Passos Coelho. Seguro e Rio poderão nunca colher os melhores frutos da Dura Austeridade Concentrada em três anos de Passismo. Por isso genericamente concordo com Luís Rosa, menos na importância desestabilizadora que atribui a Aula Mini da Social Democracia. E digo mais: talvez só mesmo Pedro Passos Coelho possa beneficiar da governação do mesmo Pedro Passos Coelho, sendo reeleito em próximas legislativas. Não por ser excelente, mas por ter sido eficaz no essencial e ter suportado um insultuoso tsunami de demagogia e facilitismo sem ter cedido.

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